=

Click here to find the review atualizations

sábado, 24 de dezembro de 2022

A moda que importa

 


Se por acaso existisse um amigo secreto 
(secret santa) entre   celebridades?  Hipoteticamente, digamos que esse site tenha por amigo secreto , Florence Pugh, qual a melhor forma de presentear uma celebridade? Imagem é muito importante no meio artístico, então apenas observando o que costumam vestir não é suficiente, para cada um expressa a identidade que nos tornam únicos, e por fim se reflete em como falamos, agimos , nos comportamos e por fim como nos vestimos.


Florence tem uma personalidade extremamente forte e determinada, ao mesmo tempo que demostra ter apreço por segurança e estabilidade. Dificilmente se deixa levar pelas opiniões dos outros e encara os ambientes desafiadores como forma de obter reconhecimento, pelo seu esforço e dedicação.

 


Claramente , Florence não é old money fashion , mas como uma típica inglesa vive e trabalha no meio dos que são. A elegância é uma forte característica ligada à tradição. E é preciso se adaptar a esse ambiente que é extremamente definido pela aparência. New money fashion é o que caracteriza o processo de ascensão social, a mobilidade entre classes. Por outro lado, anda por entre os herdeiros, não significa , querer se tornar um deles. E sim expressar uma marca , uma comunicação e uma mensagem. E afinal é disso que se tratam desfiles e tendências lançadas em fashion weeks no início de cada estação.


Por esse mesmo motivo que não dá pra entregar a responsabilidade de sustentar o estilo pessoal nas mãos de um processo de consumo industrial que é feito para o mercado. A tendência tem como objetivo expressar as características de um tempo, de um período ou de uma conjuntura de necessidade popular e patronizar, sem necessariamente identificar a individualidade de cada pessoa.


Essa é a confusão que leva a cair no erro de pensar que, em copiar o estilo de outra pessoa, é possível se apropriar , daquele gosto, daquela identidade ou daquela forma. Uma cópia é só uma cópia. Um molde vazio. No final o que acontece é perceber que a pessoa não se comporta de acordo como a mensagem quem veste. Ou no mínimo, acaba vestindo a ideia de outra pessoa.


Com Pugh não é diferente. Sua personalidade forte não se reflete nas suas roupas. Não pelo que lhe falta ,mas pelo o que sobra . Com isso fica refém de vestir, o que os outros querem que ela seja. É possível deixar sua marca no mundo fashion, sem tentar parecer outra coisa. A começar pelas cores: ela sempre fica bem com tons fortes e fechados: vermelho, azul , verde , sempre em suas versões mais sóbrias. Enquanto a maquiagem pode ser manter alinhada com o seu tom de pele. O seu estílo é o punk rock, o que significa cortes ousados e rebeldes. Seus melhores decotes sempre são as fendas nas costas com pouco romantismo ou cores suaves , especialmente na parte superior. De preferência , fendas verticais assimétricas e busto mais justo, tipo envelope ou armadura, retomando algum indício de romantismo da cintura para baixo. Por fim , a rebeldia está nos detalhes, uma vez que os modelos clássicos podem absorver os seus tons e a sua mensagem.

Se fossem presentes , os seguintes o modelos chegariam em sua casa:


Alberta Ferratti


  E motivo da escolha desse vestido como uma opção que gostaria de ver a Pugh vestindo, é porque tons de rebeldia se expressam de forma inesperada.


  









Burberry 2018



Já essas opções são modelos com estilo tradicional , embora a paleta de cores diz exatamente oposto.











Segue abaixo algumas sugestões pra se inspirar ,para quem se identifica com o tema :





sábado, 13 de agosto de 2022

Afinal, quem paga as contas?



Nesse site sempre houve muita referência as relações sociais entre homens e mulheres e seu papel na sociedade. Mas qual é a graça de aprender tudo isso se não pôr em prática? Por isso hoje , vamos revisitar alguns conceitos pela ótica da hipótese. O que fazemos, por que fazemos e como aplicar o que entendemos?

Vamos conjecturar as seguintes situações em um jantar : Você um homem extremamente rico que tem o hábito de pagar o jantar em encontros amorosos; ou, você é um homem com menor poder aquisitivo, que se esforça para pagar a conta e impressionar alguém que quer conquistar ; talvez seja um casal que tem poder aquisitivo, diferentes ; por fim, uma mulher que aceita o convite. O que dirige nossas ações? 



Quando há um senso comum dizendo que quem sempre paga a conta é o homem, o que se lê é a cultura aristocrática em ação definindo o papel social pelos modos e hábitos. Por que ele é quem paga a conta? O papel do homem é ter o controle. Enquanto o papel aristocrático da figura feminina é estar bonita e disponível. Um homem que não precisa ficar contando dinheiro, não tem restrições em prover desde um jantar, até qualquer coisa que apraz.


Da mesma forma , o que vai cobrar é que a pessoa esteja disponível para os seus caprichos. E uma pessoa que diz o que ela deve comer, também dirá o que deve vestir e o que almejar na vida. 



A mulher que deseja se aristocrata, tem muitas limitações indenitárias. Porque é preciso anular os próprios desejos em troca de favores. Seguindo esse caminho as pessoas não se tornam admiradas e quistas, pelo que são, mas pelo que possuem , além de pela beleza e o encanto que podem proporcionar.
 

Há quem entenda isso como privilégio, um meio de conquistar facilmente conforto e riquezas ou pelo menos mantê-las. Esse é um estilo de vida que define como as pessoas se comportam pra ter o que querem a partir desse ponto. Você consegue enxergar as ambições desse homem e dessa mulher? O que eles fazem pra conseguir aquilo que querem? As pessoas atraem o que transmitem pelo que buscam : existem homens que querem manter essa hierarquia em busca da manutenção do seu status. E mulheres que se contentam em ser hierarquizadas. O que fica claro é que essa é uma posição hierárquica que não define igualdade entre as partes. 


Mas o processo de emancipação feminina não findou essa estrutura. As relações que antes eram de conjugues passaram a ser exigências trabalhistas. Onde a beleza e o encanto definem cargos e salários. Essa jornada por autossuficiência , não começou por modificar essa ordem, mas se aproveitar dela. Na primeira fase do feminismo , a definição de liberdade ,descritas por livros ,era sobre a vida em cabarés. A liberdade de estar com quem quiser, ao invés de se dedicar a um só casamento arranjado.  E podendo estabelecer uma livre relação de troca, onde a mulher estava no comando. Por ter algo bonito e encantador para oferecer. Nesse ambiente, rejeitado pelos “bons costumes”, que não era nenhum paraíso como as loucuras romantizadas nos livros, de pobreza à golpes , aqui a mulheres desenvolveram artimanhas pra defender sua ‘independência’ , reduzindo a autonomia a um mero senso se sobrevivência. Atribuindo a liberdade ao corpo, como mero instrumento de exercer poder.


Mas o feminismo amadureceu e adquiriu outras fontes. Como em sua 3 fase, onde essa relação de hierarquia, não é só reconhecida como patriarcal mas é escravocrata. Ou seja, além da autonomia financeira, existe a autonomia do corpo e a autonomia da vontade. E uma mulher com independência escolhe pra onde vai, com quem vai e o que vai querer , sem a obrigação de agradar a boa vontade masculina. Esses valores conflitantes desafiam a manutenção do status masculino. E pra conseguir exercer sua “ superioridade natural”, começam a se comportar diferente, em uma sociedade que está organizada a acolher as suas vontades.




Feminismo só até aqui – Por que a diferença salarial incomoda? Porque estabelece quem comanda e o poder vira uma disputa que afeta egos. A sociedade abraça quando a mulher ganha menos, mas paga mais pois a partir daí vai guardar menos. Com muitas mulheres confortáveis em se manter dependente ou lutar pelo manutenção desse duplo privilégio.



Da mesma forma que o mercado se dedica mais a beleza e ao encanto da delas do que dos homens. Para o homem é mais fácil competir com a beleza e o encanto para um cargo de poder, do que com qualidades humanas de inteligência e competência. Basta empurrar um estereótipo de conquistas baseado em artimanhas e não em talento. Por outro lado, um homem que tem mais recursos financeiros escolhe mais com quem se relaciona, do que aquele que não tem. A indústria alimenta o sonho de bancar a mulher, como forma de conquista. Como forma de ter a mulher que quiser aos seus pés. 


 Então o que acontece quando esse desejo de harém desmorona? Ele se apressa a empurra a mulher para o lugar que ‘ merece’, tendo todos os recursos da sociedade a disposição pra que possam pagar por isso. A experiência mostra que começa com o discurso. Primeiro geral, até o específico. A supersexualização como papel central da mulher, se desdobrando em insulto. A anulação do seu poder de decisão , atribuir suas conquistas a terceiros ou roubá-las pra si , com um sentimento de merecimento.


Como fazer então, para se diferenciar de tudo isso? Basta prestar atenção na motivação de cada ato, individualmente, pra saber se é um desejo masculino, um desejo feminino ou uma convenção social sendo preservada. E então você poderá quebrar os padrões, administrando os seus.



 Voltando a prática do restaurante, manter a etiqueta é uma questão de educação. Porque classe e elegância, não é só bonito e encantador. É também inteligente. Independente de ser uma relação amorosa, ou não, quem convida é quem paga. Da mesma forma , escolhe o lugar e a hora. Mas se o convite foi feito, qual o objetivo do jantar? Intensificar relações de amizades ? Boa vontade ? O quanto o convidado pode ter certeza que pode levantar da mesa e voltar pra casa, sem o débito de entregar alguma coisa em troca? Quando, como e onde definem mais se aquele recurso está sendo usado pra criar laços ou pra comprá-las, do que o simples desejo de impressionar e ser impressionado.

Por outro lado, uma forma de se distanciar de inquerências, cobranças ou mal intendidos é associar o ato de “bondade” a um outro ato de “bondade” compatível, evitando débitos emocionais de custos indiretos. Pagar um convite do jantar com outro jantar, agora de sua preferência. Ou com um presente de agradecimento que corte qualquer tipo de esperança em cobrar. Se oferecer para dividir a conta também é um ato de educação, embora não seja obrigação. Quando há diferenças significativas de rendas a sugestão é contribuir de acordo com a sua capacidade, com qualquer valor que seja. É importante lembrar que caso queria dividir a conta, essa se torna uma decisão previamente combinada, oferecida pelo convidado, nunca uma obrigação.


 Existe sempre a possibilidades de quebrar padrões e brincar com o assombro das pessoas ao perceber quem é que está no controle da situação. Mas pra encontrar essas pessoas, seria preciso mudar o modo com que atraem umas as outras e pelo que se interessam. Acima de tudo cuidar dos próprios modos e costumes, pra não se deixar ser definido por nenhum desses atos.


 
Pelas regras da etiqueta, nada impede que um homem queira se comportar como aristocrata. E nada impede que a mulher aceite esse estilo de vida. Qualquer que seja escolha , os nossos atos se tornam um legado social que definem como as pessoas vão nos vê e nos tratar. E no final, quem paga ESSA conta?

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Como você vende seu trabalho?


É dificil competir na internet? todo mundo quer likes, coraçãozinho , curtidas. Segue e compartilha! São as regras de engajamento, todos nós queremos que o nosso trabalho valha a pena. Queremos ser aceitos, pertencer a um grupo e ser estimados. Nos comportamos como marcas ou as marcas se comportam como a gente? Com todo mundo vendendo seu próprio peixe , desponta uma ferramenta muito utilizada : o marketing 


Mas o que você precisa saber hoje é que o marketing foi criado como uma ferramenta de convencimento. Surgida a partir do nascimento da indústria, com o objetivo de aprimorar todo o processo de vendas , a partir da produção até ao consumidor final. E como isso te afeta hoje? Bem , precisamos entender a dinâmica de mercado, para depois aplicarmos na nossa vida pessoal.

No nosso modelo capitalista, as trocas de mercadorias, produtos e serviços são regidas por diretrizes afim de promover uma estrutura social organizada. São procedimentos que viabilizam as relações de troca ( compra e venda ou outros) de forma disciplinada. São elas: a lei da livre concorrência ; a lei da livre iniciativa. 

Como você age com o seu concorrente? Bem , a lei da livre concorrência impõe limites e estabelece critérios. Com o objetivo de : atuar para coibir abuso do poder econômico , a destruição da concorrência  e aumento abusivo de preços. Por exemplo: se você é livre para produzir uma bolsa , montar uma loja e planejar o quanto você quer vender para ter a margem de lucro que deseja , é porque a organização da sociedade é construída para que essa oportunidade esteja acessível a você. Obviamente essas leis tem uma razão pra existir.


 A força econômica de um país é medida pela capacidade de seus cidadãos de gerar riquezas, de acumular reservas e de pagar impostos. Se o Estado permitir que um outro grupo , organização ou país não deixe você produzir a sua bolsa, que proíba que você tenha um lugar para oferecer seu produto e que não possa lucrar com o resultado do seu trabalho, isso afeta o conceito de território nação , o sistema político em que se está inserido e o sistema econômico. Você moraria em um país que qual o pensamento individual é mais forte que o coletivo? Onde as formas de exercer poder fossem estar sob domínio de autoridades ou grupos tirânicas? Ou que a arrecadação de impostos que você paga não fossem usados para beneficiar seu modo de vida com estabilidade e segurança? 


Essas duas leis são típicas de países com regimes democráticos e capitalistas, mas não é difícil encontrar dentro de democracias insurgências de grupos que querem concentrar o poder, independente do Estado. Você identifica quando vê algumas das seguintes ações:  quando o governo age para facilitar a acumulação de riquezas na mãos de poucos e reprimir direitos gerais a população ( aposentadoria , leis trabalhistas , benefícios sociais, acesso a educação) ; que a partir disso possibilita o surgimentos de  hierarquias que sem regulamentação oprimem com objetivo de condicionar o outro a sua dependência. 


Os carteis, os oligopólios podem usar sua vantagem competitiva e poder financeiro pra que a legislação opere em seu favor ou destruindo negócios que não tem capacidade de competir. Isso fere a livre inciativa. Conceitos como meritocracia e privilégios passeiam no limite da justificativa pela livre concorrência. Se um concorrente cria impedimentos que vão além da estratégia de convencimento e passa a prejudicar com a justificativa de ser melhor que ele, isso não pode ser visto como um ato  de competição regular. É apenas crime. 


A lei de livre inciativa garante a liberdade do indivíduo de desenvolver a atividade que lhe apraz , a livre contratação, direito a propriedade e possuir aquilo que produz . Se o sistema econômico não permite que haja trocas comerciais voluntárias e nem que nem que seja regido pela lei da oferta e da procura ( que são disponibilidade de matéria-prima e nicho de consumidores ) , então não é livre mercado.



Por isso o marketing se localiza nessa transição entre formas inconsequentes de interagir pelo êxito  para um limiar organizado que limita a interferência do Estado nas capacidades individuais de se desenvolver, mas atua de forma coletiva para resguardar que os parâmetros do sistema sejam respeitados.

Para obter uma boa colocação no mercado é preciso, manter uma postura profissional condizente com as exigências do setor a fim de obter notoriedade. E esse é um meio que auxilia na busca de uma boa colocação profissional.

A forma como você percebe essa realidade e pratica, define sua identidade como uma etiqueta social. E por conseguinte define a sociedade em que se quer viver. 




Reescrito 

30/08/2012 

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

O lado obscuro da força

 

Como você escolhe de " que lado " se posicionar na vida ? Você deseja estar do lado do 'bem' independente se isso te proporcionará maior ou menor grau de adversidades? ou prefere ser mau para conseguir o quer a qualquer custo , independente das consequências que isso provoque? Prefere ser bom naquilo que faz , sabendo que será desafiado pela  cobiça alheia, ou ser ruim não é importante desde que tenha a capacidade de deixar o seu entorno abaixo de você? Essa deve ser uma reflexão silenciosa , pra que possa avaliar o cerne das suas atitudes, de forma honesta.  Mas não é um texto para ensinar a ser bom ou sobre o que é ser do bem.

Ser uma pessoa malvada não é um problema hoje em dia. Moralidade passa por mudanças ao longo do tempo. O que nunca muda é a necessidade de prevalecer sobre  o outro naquilo  que almeja , a qualquer

custo, sob qualquer  circunstância. Antes de existir organizações sociais e até mesmo o conceito de moral, o que prevalecia era o instinto de sobrevivência, que apenas considerava uma das mais básicas e primitivas necessidades humanas. A medida em que foram formadas estruturais sociais , surgiram outras necessidades, como as de poder , reconhecimento e riquezas que não são essenciais para a sobrevivência. Dos quais também nasceram a necessidade de status. Condecorações e proezas diferenciam e separam um ser humano do outro por classes. Desde então foi construída uma ordem política em torno.


Star Wars é um filme que revolucionou o cinema ao contar a história pela ótica do malfeitor. Nele é descrito a trajetória de um homem  até o lado obscuro da força. Definições filosóficas classificam 3 formas para isso aconteça: A fraqueza, o ressentimento e  a sociedade.

 A fraqueza acontece a partir do momento que a capacidade humana é condicionada a imposição de limites no outro. Quando alcançar um objetivo não depende da competência, habilidade e aptidão  pessoal e compele a submeter  todo ambiente , a uma condição inferior. Seja por lei, por castração do outro, ou pela força.

O ressentimento é o que condiciona a fraqueza. A insatisfação é o impulso motor que projeta a reação de tirar dos outros, aquilo que se almeja. Quando uma pessoa fraca  não está feliz consigo mesma, o meio de obter o que se quer , é destruindo quem tem. É o que torna as pessoas em más.


Já a sociedade é o que glorifica essa condição. Primeiro por motivos econômicos. É necessário que insatisfação seja um motivo de compra. O descontentamento leva a comprar com o objetivo de se comparar ao outro ou pra provar alguma coisa. E não apenas pelas necessidades básicas de sobrevivência. Já as pessoas satisfeitas na vida, no trabalho, no amor consomem menos. Em segundo lugar é sobre a diferenciação de classes. É necessário um objeto de comparação. Mas riqueza , poder e beleza são os valores base de um sistema conservador e aristocrata cujo a fraqueza é manter outras classes sob domínio e submissão.


Atitudes como caridade por exemplo, não é uma demonstração de bondade, e sim a manutenção de uma posição. Por outro lado quando tem sua riqueza, status  ou beleza desafiados, suas fraquezas se manifestam. O outro fator é o poder. Cujo o terceiro motivo e mais perigoso , é a concentração de poder baseado na força como forma de governo. O hábito das atitudes individuais é o que levam a aceitação de regimes políticos dos quais os identifiquem. Daí nasce a moral da tirania.
















*
1705/2012// Revisado

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Publicidade e propaganda



Uma das características mais marcantes das metrópoles cujo a propensão é para o entretenimento e mercado financeiro é a forte atuação no ramo da publicidade e propaganda. A primeira se dedica a difusão comercial de produtos e serviços, enquanto a segunda é a peça publicitária em si. 

Embora haja registro desde a antiguidade , junto com a invenção da escrita, a propaganda se desenvolveu e profissionalizou com invenção da indústria. Os primeiros anúncios surgiram em jornais na Inglaterra em 1650 e nos EUA em 1704. No Brasil, em 1808, com o primeiro jornal do Rio de Janeiro. Logo depois veio o surgimento do rádio e da tv.


O surgimento dessa profissão é um fenômeno novo, como a carreira em administração, por exemplo. Surgiram a partir da produção em massa , que demandavam o escoamento para gerar lucro. Essa é a lógica do capitalismo . A concorrência imperfeita é aquela que a auto regulação do mercado quem diz o que é o melhor e consequentemente o líder naquele seguimento. É o que prevalece em detrimento do outros e por isso ganha mais ou tem uma parcela maior do mercado. Ao contrário do comunismo, cujo a concorrência perfeita significa que todas as empresas tem uma parcela igual de mercado. Por exemplo , em uma cidade em que existem 1000 habitantes e 4 empresas produzindo um determinado produto, cada uma terá a parcela de 250 clientes e assim é eliminado a concorrência. Nesse caso também a necessidade de propaganda porque não há disputa por clientes, nem expansão dos negócios. Nenhuma empresa se tornaria maior que a outra.


A função da publicidade é persuadir a preferência de um produto ou serviço, em detrimento de outro. A atividade que começou com o intuito de adquirir bens, também evoluiu o seu lado mais cruel que eram desde a comercialização de escravos , até  o de propaganda enganosa, para iludir intencionalmente o consumidor. O processo de migração europeia , para o Brasil, por exemplo , foi  baseado em panfletagem com promessas falsas sobre o país, para atrair trabalhadores rurais que substituiriam o trabalho  escravo. 

Desde então surgiram vários órgãos como o CONAR ( no Brasil) para regular a propaganda, porque é um serviço que é massificado e pode ser muito agressivo pois administra as expectativas de uma sociedade , assim como seus desejos e aspirações. A propaganda de guerra, usada na primeira e segunda guerras mundiais consolidaram a propaganda como arma política e governamental. Os ingleses utilizaram para persuadir os soldados contra seus supostos inimigos, de cunho preconceituoso. Já os alemães, na época, propagavam a superioridade ariana em detrimento dos judeus e outros povos. E assim manipulava as massas , cujo a doutrina dizia coisas como " toda a propaganda deve ser popular adaptando seu nível ao menos inteligente dos indivíduos " e " para fazer o provo entrar em guerra basta faze acreditar que eles estão sendo atacados. nivelando por baixo e mantendo  a população ignorante e fazendo-os acreditar que estão sempre em conflito, seria o meio mais fácil de manipula-los. 


Por isso é importante entender qual o papel está ocupando agora e o qual se deve ocupar. Seja a empresa contratante, seja a empresa intermediária, seja o cliente. A abordagem essencial é aquela que conquistar manter e cultivar clientes, requererá um tanto de responsabilidade sobre isso. E aí está o tipo de impacto social que se almeja para atribuir valor ao produto. Caberá ao cliente decidir qual a orientação deseja estar inserido.


(25/02/2013)
17:38

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Como qualificar e viralizar conteúdo


Qualificar e viralizar conteúdo , tão simples quanto 20 postagens por dia, 7 vezes na semana, 50 comentários respondidos por hora , certo? Basta dizer o quanto você se importa com o meio ambiente: as árvores são lindas ; vamos todos juntos fazer uma saudação ao sol com uma salva de palmas!

Seja você um influenciador formalizado ou uma empresa, quiçá até um simples cidadão querendo chamar a atenção dos amigos, a tecnologia nos proporcionou várias formas de espalhar nossa “ mensagem ” para o mundo. Com os diversos apps , você expressa sua opinião, faz dancinha coreografada e mantêm a defesa de um estilo de vida. E onde tem gente, as empresas vão atrás pra se enturmar , entreter e vender.


Esse é um mercado que se estabeleceu de uma forma muito orgânica, a medida que se multiplicaram tecnologias que possibilitaram usar recursos, antes exclusivos do campo publicitário. Cada indivíduo virou seu próprio comunicador, em seu próprio clubinho de fama. Desde então surgiram várias questões: as empresas precisam de intermediários para chegar no cliente? ; os influenciadores podem competir contra agências? ; como ficam a relação das marcas com o público? ; como ficam as relações da marca com a agência? ; e os resultados?


O mercado, que antes era só a publicidade de 30 segundos no intervalo de um show na TV, agora se desdobra pra adaptar, e controlar, novos formatos do qual não tem todo o controle ( e a conta ) em suas mãos. Porque todo mundo pode ser um potencial apresentador, comunicador ou artista, atraindo um grande público de forma orgânica, organizada e fiel.


Não sei se você entende a guerra que começa a partir desse ponto. Publicidade é um mercado que gera bilhões de dólares corrente. Que de repente foi ameaçado e desafiado por um fenômeno chamado internet. A indústria do entretenimento em todo o mundo, mudou em prol de um simples clique. Porque além de tudo, oferece resposta imediata.


Desde então surgiram regras e até legislação , governamental ou não, que limitam a atuação desses novos tipos de celebridades em prol da proteção de um mercado. São os monopólios interferindo no livre mercado. Quem perde com isso? E quem ganha? Essa nova profissão, que não é devidamente regulamentada, a não ser que se denomine como artista, fica a mercê do escrutínio de um grupo que impõe as barreiras que lhe for melhor conveniente. E esse novo profissional está pronto pra enfrentar o domínio de uma concorrência imperfeita? Ou está iludido pela busca da fama fácil ?


Até que se estabeleçam protocolos, ninguém está seguro. Nem as marcas. Até porque o outro lado da fama é achar que pode tudo. Desde a cultura do cancelamento, sabotagens , fake news até a incitação ao ódio, por deboche ou diversão. Quando as pessoas querem aparecer, porque consideram como um prestígio serem vistas como importantes, estão dispostas a tudo. Não há barreira de entrada que estabeleça um código de conduta. Questões jurídicas como difamação e calúnia ou problemas de copyrights, acontece muito nos bastidores impedindo que se estabeleça um serviço regular certificado. Então cabe às marcas identificar e filtrar interesses que defendam a sua imagem.


O conteúdo, que dependendo da faixa etária e do público , deixa um grande impacto a longo prazo. Porque viralizar padrões de comportamentos que serão admirados e imitados. Se tornaram o substituto da televisão. Qualquer serviço de comunicação e entretenimento tem critérios que normalmente são os projetados para o consumo. E que tem seus limites estipulados por órgãos públicos como o CONAR. Na internet não, o foco maior é auto promoção e a popularidade instantânea. Nem sempre a pessoa se responsabiliza por aquilo que fala ou como afeta aos outros. 

 A audiência requer ser encarada com profissionalismo. E como qualquer outro ofício é preciso entender que faz parte de um contexto social maior do que aquela fantasia por reconhecimento. A distribuição de conteúdo é um desafio para publicidade, que tem que captar a atenção nos primeiros segundos e hoje regulado por uma série de algoritmos de plataformas cujo já existem critérios de consumo. Quem comanda o investimento, é quem detêm o poder de decisão para manipular o mercado.


Vocação é uma aptidão natural para exercer um trabalho de acordo com um plano de carreira ,diferente da fama cujo talento não requer compromisso. Quando aliado a alguma profissão que já faziam parte dos planos individuais, talento e vocação se unem para um propósito. A fama por si só, não é capaz de sustentar uma carreira estável , tanto o recurso quando a audiência são voláteis em um mundo onde pode surgir subcelebridades por segundo e a concorrência com o mercado formal pode ser avassalador. Só no Brasil existem cerca de 9 milhões de influencers.

 
O bom de aproveitar o momento é conhecer pessoas e interagir de forma respeitosa, ampliar o círculo de amizade e possibilidades. A internet pode ser uma praça, para se comunicar, promover debates, socializar. Como uma prática ao ócio, a possibilidade de se informar, como uma segunda atividade e dedicada ao lazer e a diversão. Mas sempre tendo em mente que é também um lugar que possibilita o negócio do entretenimento e por isso possui várias vertentes que vem com uma bagagem viciosa de vários outros formatos.







(10/07/2012)13:41