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sábado, 29 de dezembro de 2012

Armas para elefantes





 A idéia de segurança que é vendida para justificar a existência das armas na casa de civis, é o principal argumento de quem é à favor da comercialização do produto. Mas não é a principal razão. Porque se o verdadeiro motivo viessem a tona, muitas pessoas perderiam com isso. E depois de tanto território conquistado por um grupo mais preocupado com seus próprios interesses do que com o bem comum, dificilmente abririam mão do status quo.

Em um país onde as leis funcionam, mais do que retirar poderes já conquistados (que podem servir de argumentos à interpretações oportunistas ) a principal preocupação seria em punir os responsáveis pelo armazenamento da arma. Ou aquele que está registrado como o dono da arma. Assim como os pais são judicialmente responsáveis pelos atos dos filhos até que complete a maioridade ,os donos das armas deveriam ser judicialmente responsáveis pelo uso inconseqüente independente de quem seja o autor do disparo. Talvez isso obrigue o cidadão a ter uma atenção maior a quem pode ter acesso a ela.

Comprar um projétil não é como comprar pão na padaria. Existe um cadastro assim como uma associação. A questão é: o quão rigoroso é o sistema até o cidadão comum conseguir a licença de uso?  Se a compra é por questões de segurança, pode ser algo a ser confirmado de acordo com os índices de violência da região ou estado que mais se compra para saber da real necessidade de ter uma arma em casa. Esse pode ser um fator determinante, principalmente pra regiões distantes das áreas de caça. Esses dados pode informar o tipo de projétil permitido em determinada região. Quanto menos violenta, menor o poder de fogo ou o calibre da arma permitido no estado. 

Conflitos internos, na residência ou de familiares próximos que possam gerar acidentes causados por  temperamentos explosivos ou descontrolados podem contribuir como fator limitante do acesso a compra de uma arma?

Quando o objetivo da compra é a caça,  o melhor que pode ser feito é limitar o território em que podem ser usados os rifles. Além disso a compra do armamento de caça deveria ser definido de acordo com a experiência , o histórico de incidentes registrados na polícia do uso impróprio - mesmo  que fosse apenas por defesa - e capacidade de um armazenamento seguro e livre de acesso por intrusos.

A indústria poderia colaborar sendo obrigada a produzir e vender um dispositivo de trava manual com chave de acesso individual para o gatilho do projétil. Outra medida seria diminuir o poder de fogo da bala, principalmente das armas de calibre menor, ao qual o indivíduo comum tem acesso mais facilmente. Ou substituir por balas de efeito moral, como são as de borracha. Soluções de armazenamento seguro serão facilmente produzidas se a lei assim quiser.

Essa é uma forma de evitar que o perigo chegue até as escolas. Mas para evitar que pessoas sejam inconseqüentes ao ponto de cometer essas barbaridades, requer uma análise mais profunda e punições mais direcionadas. O texto acima não se trata de apoiar a compra de armas pela população civil, mas sobre opções de minimizar os estragos causados por um sistema já implantado. Campanhas de conscientização da responsabilidade da sociedade intrínseca em um caso isolado, tem o poder de transformar a ignorância em atitudes práticas mais eficazes.