Sabemos que a televisão teve uma ascensão ambiciosa ao longo dos seus 50 anos de existência e se posicionou politicamente de acordo com os interesses que lhe coube
, para exercer o maior alcance de influência possível. De acordo com seu histórico de vida e de uso, podemos identificar que na sua passagem, esse meio de comunicação fortaleceu e destruiu
processos democráticos, pra não dizer das vezes que elegeu lideres ditadores ou religiosos.
Foi o que aconteceu em regimes fascistas, nos processos de catequização moderna, nas campanhas ditatoriais pela América latina e da própria soberania e supremacia
americana. Sabemos que os regimes totalitaristas usam a mídia para gerar informações que causam contentamento e alienação.
Na Alemanha a imprensa foi usada como ferramenta antissemitista , as propagandas publicitárias tinham uma forte conotação política sugerindo o ' socialismo ' como ferramenta que promovia a recuperação da economia nacional. Hoje em dia os discursos de extrema direita, são considerados ofensivos e proibidos na região.
Na América do norte ,no período da segunda guerra, a comunicação, incentivava as mulheres a uma ascensão ao trabalho ,com o objetivo de manter a economia.
O que não acontece hoje em dia,que a misoginia tem um grande peso e é aplicada e distribuída como uma atitude aceitável. Ainda nos Estados Unidos , é importante observar mediante um discurso
político que direciona todo a comunicação do país, para o incentivo do nacionalismo, do poder bélico, da supremacia, além de resquícios da polarização da guerra
fria. Assim, ações intervencionistas são encaixadas como sendo parte do papel heroico e protecionista do povo americano. A comunicação politica também é muito clara. Mediante
posicionamento partidário, os programas de tvs e jornalismo assumem uma posição democrata ou republicana, voltando seu discurso para o jogo político, mais do que as propostas em si. Liberdade de
imprensa nesse lugar, pode ser considerado muito relativo, porque ao mesmo tempo em quem a circulação de informação, é considerada investigação, a vida privada tem um grande
peso , com a tendência de eleger ou derrubar um presidente a partir de uma ofensa de cunho pessoal. Assim a yellow press, (ou imprensa marrom) tem um protagonismo maior que sufoca todas as discussões em detrimento
do poder político de um conjunto de lobistas afim de encobertar os problemas gerados pelo neoliberalismo.
Já em países como a Rússia, que não adere o capitalismo como modelo econômico, estão inclinados a ter a comunicação extremamente
fechada para o mundo. Um regime totalitarista é uma solução usada para conter a adesão popular ao capitalismo. Então a imprensa é extremamente regulamentada para que a imagem país
esteja em extrema ordem, em relação ao mundo ou exercendo um discurso fiscalizador para manter a lei.
Se até a imparcialidade há limitações, atribuída aquela visão romantizada do posicionamento e da função de perpetuar discursos
para assumir função de utilidade pública, além da informação, na prática esse é um setor extremamente organizado para alinhar o seu discurso com planos de poder estabelecidos
por partidos ou governos que aderem e propagam o capitalismo, o neo-liberalismo, as ditaduras ou modelos anti-capitalistas. Nem por isso deixam de ter um papel importante, uma vez que à partir da sua origem é possível
ter clareza sobre a interpretação da mensagem.
A distribuição da informação é feita por agências como a Reuters, focada em investigações financeiras e geopolíticas sobre
o mundo ;
a American press , dedicada a contar da perspectiva americana bem enquadrada política e economicamente no American way of life e sua visão de mundo;
A italiana ANSA e Agence France Press/AFP que conta com a perspectiva europeia que oscila entre a visão conservadora e
uma versão mais progressista do ponto de vista europeu;
E então temos as agência asiáticas como a Jewish Telegraphic agency (correspondente do departamento do governo judeu) e a mais importante delas ,Aljazeera.
Por fim as representantes da esquerda e independente organizada: Russia Today, Telesul, EFE, Prensa latina, Wikileaks, Reporters san frontier.
E qual a medida devemos dar a isso? Há alguns fatores a se considerar quando se constrói a missão da empresa com fins de comunicação. A variedade fontes
torna o jornalismo mais plural e dinâmico e com a capacidade de promover debates produtivos à partir de procedência diversas. Acima de tudo, a informação é diamante bruto que deve ser
lapidada e não apenas reproduzida. Em primeiro lugar é preciso analisar o meio em que essa comunicação está inserida. Avaliando o Brasil, existe uma estrutura social onde dois grupos originários
de dois grandes partidos políticos que revezavam no poder, uma burguesia sempre em estado emergente e as grandes massas. O que resta agora é saber o caminho a seguir.