Uma vez que o pensamento conservador surgiu da moral cristã, o catolicismo, por sua vez criou seus princípios a partir do montante que acumulou, de outras culturas. A igreja detinha o monopólio do conhecimento, da escrita e de como esse ensino chegava a população. Era dela o acervo das bibliotecas. Os padres transcreviam os pergaminhos para o latim. Por isso sabiam da natureza ideológica da Grécia, que, ao contrário da sociedade militarizada de Esparta , era voltada para a construção do fundamento do conhecimento para a vida em sociedade e a formação do indivíduo.
Assim, conheceram os Estoicos. Segundo eles, o homem deve viver em harmonia cósmica de acordo com a natureza. Porque a natureza é deus, a origem de toda matéria e por ele acontecem todas as coisas. Ao submeter às leis imutáveis da natureza, culmina no fatalismo, que é a incapacidade humana de decidir o próprio destino. Porque o destino é deus, sendo impossível o homem de impedir uma tragédia ou a própria punição. Esse elemento se projetam em alguns mitos como o das Moiras, filhas dos deuses Zeus e Themis, designadas as tecelãs do destino dos homens segundo peso e medidas divinos atribuindo a porção do bem e do mal que cada pessoa está submetida. Por elas, por mais que os homens fizessem escolhas pra evitar o destino, jamais fugiriam da tragédia pelo qual estava escrito. Essa ideia foi mais tarde adotada e modificada pelos cristãos, cujo as leis divinas pelo ensino bíblico, transformou o deus católico no centro de todas as coisas e o ser humano incapaz de fugir do seu propósito.
Mas , a Grécia, não foi a única fonte de um movimento conhecido como sincretismo religioso. Os povos celtas , nativos da Grã Bretanha e Dinamarca , cujo o rei estabeleceu sacerdotes e sacerdotisas pagãos que administravam a justiça, os assuntos públicos e presidiam cultos, foram outra grande fonte de inspiração para a hierarquia católica. Para os druidas, como eram chamados esses sacerdotes, consideravam a natureza como templo das divindades e lá os cultos eram realizados. Acreditavam em presságios, praticavam magia e ofereciam sacrifícios humanos. Eram os mestres da moralidade, ensinando regras de conduta. Como chefes da religião sua autoridade não permitia que nada acontecesse sem a sua consulta e decidiam sobre a paz e a guerra, prediziam o futuro, consultavam os deuses e exerciam a medicina.
Os celtas adoravam vários deuses , o sol, a lua, a terra, entre eles o conhecido como o do trovão, do comércio e da guerra chamado Teut, objeto de um culto sanguinário em seus altares e tinham como missão conduzir ao inferno as almas dos mortos. Já Hesus, era o deus do destino, cujo o nome significa terror. Estavam convencidos que a fúria dos deuses se aplacavam com sacrifícios sanguinolentos, dos quais também participavam prisioneiros de batalha. Também acreditavam na imortalidade da alma e recompensa ou castigo em uma outra vida. Um padre chamado São Columbano se instalou em uma região da Grã-bretanha chamada Iona com autorização do rei da ilha, formou um grupo de 12 sacerdotes e eram conhecidos como Culdees, no ano 563 (século VI). Mas foram dispersos e excomungado pela igreja católica como hereges. Mais tarde, essa cultura foi absorvida durante a reforma da igreja.
Toda a região em volta do mar mediterrâneo, formavam o Império das terras conquistas por Alexandre o Grande e dividida em reinos no século III e II a.c. (antes de cristo). A igreja se institucionalizou no século II d.c( depois de cristo). O período é entre a transição do Império para o feudalismo da idade média. No século VI o império foi invadido pelos bárbaros. Nesse mesmo século, o imperador bizantino, reino do norte, Justiniano ( ano 527 - 565) comandou a reconquista do reino. Instituiu seu governo como teocrata e compilou o direito romano em um código civil chamado corpus juris civilis ( corpo do direito civil ). Esse código defendia os poderes ilimitado do imperador, protegiam os privilégios da igreja e dos proprietários de terra e marginalizava colonos e escravos.