Não é atoa que os homens investem no discurso de chamar as mulheres de histéricas. Isso lhes garantem a projeção de infantilização da mulher, que lhes asseguram uma melhor posição social. Historicamente falando, o papel de progenitora é tão adorado quanto limitado em suas capacidades sociais. A mulher é a que move a sociedade. Mas é o homem que a constrói.
Tendo essa perspectiva social em vista vamos conhecer a história de Eduardo e Carla. Ambos trabalham na mesma empresa, em filiais diferentes. Ambos fazem parte de um grupo de diretores compostos por pelo menos 15 pessoas , administrando 17 regionais. Duas delas eram disputadíssimas! Com capacidade de gerar mais lucro e também de expandir para quatro. Ao mesmo tempo , os diretores dessas duas filiais receberam uma proposta de um grupo de outro setor em outra área de atuação e aceitaram . Essa dupla de diretores, embora em filiais diferentes, trabalhavam juntos e esse modelo de gerenciamento das lojas dava muito certo! Lucravam muito, tinha uma cartela de cliente fieis e conduzia a marca da empresa para outro patamar.
Carla estava encantada com aquele case de sucesso e admirava Mariana, uma das duplas, profunda e sinceramente. Várias vezes conversavam , trocavam experiências e conselhos. Mariana via nela, potencial e o objetivo era indicar como sua substituta, prevendo sua projeção de carreira para outro lugar. Por isso advertiu: " Vou te indicar ao conselho, mas quando estiver aqui tenha cuidado! Nós administramos riscos muito altos e concorrente muito fortes! O que nos consolidou, foi aproveitar os espaços que tínhamos para crescer. Por isso, quando estiver nessa posição, não tenha pressa. E não mude a estratégia até que determinada situação aconteça.

Já Eduardo , estava bem posicionado entre as 15 outras filias, mas existia um motivo para isso: Ser homem , para ele, bastava. Isso lhe garantia o status que lhe cabia tão bem, como homem de negócios. E esse papel , ele sempre interpretou muito bem. Estava sempre bem vestido, tinha retórica , uma lista enorme de network e poucos inimigos. Um desses era Carla.
Eduardo entrou nessa empresa, por indicação atendendo a um favor que tinha prestado a um amigo. Ele não cresceu na empresa como Carla. Costumava deixa o trabalho pesado na mão de terceiros, dos quais reclamavam que ele o sobrecarrega de tarefas. E se dedicava a socializar fazendo eventos internos na empresa. Ele criou um evento para agradar a direção geral, do qual os diretores de todas as filiais reuniam planos de negócios que, disputavam dentre os quais seriam executado como plano global. O vencedor ganhava uma bela comissão. Mas Eduardo ganhava prestígio do CEO, o respeito e admiração de todos os seus colegas, um fundo de investimentos para administrar e 14 planos de negócios prontos que ele adaptava para aplicar em sua própria filial. Ninguém nunca percebeu. Ou não se importava. Afinal era um preço muito baixo a se pagar , por tanto benefícios que o CEO liberava. Menos Carla. Ela percebia tudo. E se importava.
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