Uma vez que a comunidade da tecnologia, se organiza, para participar de forma ativa das soluções para os desafios que a sociedade oferece, não só o trabalho,
mas também outros campos da ciência adquirem novos significados. Porque não adianta focar no desenvolvimento tecnológico sem aliar o conhecimento a outros ramos da ciência. Como um movimento
que nasceu da guerra, isso trás consigo para a sociedade civil, a mesma teoria com viés mercadológico de guerra, que são a constante vigilância, a constante necessidade de geração
e consumo de informação, a automação de disparo usados não só na linha de montagem mas também em sistemas de sensores de segurança ou para compras e mecanismos de proteção
e segurança.
E para isso , toda comunidade mercadológica se organizar pra criar um ambiente propício para que essas ferramentas se transformem em commodities. Ao assumir esse princípio,
os grandes monopólios tendem a subutilizar e rejeitar conceitos como a ciência política, humanas e a biologia para se sobrepor como mercado. E uma vez estabelecidos parâmetros de estudo, de forma
que seu desenvolvimento não seja vista como ameaça ao setor, mas como a possibilidade de desenvolver uma sociedade organizada, é possível direcionar a tecnologia de modo que não haja competição
com o trabalho.
A partir daí, os governos exercem a sua função que é regulamentar o mercado, para incentivar tecnologias que contribuem para geração
de emprego.
Uma possibilidade seria incentivar o crescimento de monopólios cujo a sua expansão tem a capacidade de gerar empregos equivalentes. Por exemplo, todo monopólio
trabalha com a expectativa de consumidor que deseja alcançar para estabelecer seus negócios. Em uma concorrência perfeita, se duas empresas do mesmo setor ocupassem a mesma região, cada uma teria
50% do mercado. Mas não é assim que funciona no capitalismo. E as variáveis de consumo passam desde o preço do produto, o custo da matéria prima até o custo da mão de obra.
E é aqui que a robótica e a automação começam a competir com o trabalho.
Para melhorar o seu desempenho , as empresas precisam buscar soluções. E uma alternativa através da regulamentação do estado, é o barateamento
do custo do empregado. É preciso gerar um sistema de compensação eficiente para que o modelo de geração de emprego funcione, sem afetar a qualidade e as garantias do trabalhador. Através
do gerenciamento dos incentivos fiscais (impostos) , é possível negociar uma nova variável de demanda , como a diminuição dos turnos de trabalho ( para gerar mais empregos) , mantendo garantias
dobrando o valor a hora trabalhada e incentivos a tecnologia aliadas ao trabalho, e não substitutas. Aplicando incentivos direcionados, cuidando que esse variante não seja um fator inflacionário.
Mas isso não basta. É preciso repensar trabalho na sua função e ofício. O tipo de atividade podem ser divididas em três áreas de
atuação. O setor primário, que garante o fornecimento de matéria prima, como agricultura e mineração; o setor secundário representado pelas indústrias e o setor terciário
de comércio e serviços. A robótica já é uma realidade nos setores primário e secundário preenchendo o lugar da mão de obra operacional e o que requer a força
física. Hoje , essa realidade já se faz presente no setor terciário, com a substituição de processo de atendimento, por serviço de automação.
O que pode ser entendido, é que o trabalho braçal e manual é o que vem sendo substituído pelas máquinas e ainda que tenha dominado 2/3 da área
de atuação, não tem como prevalecer no setor de serviços. Mas esse último setor comporta a demanda de geração de emprego? A resposta é não. Considerando que
o trabalho é uma atividade essencial para sobrevivência e manutenção da qualidade de vida, o problema de má distribuição de renda é intensificado. A educação,
apesar de ser fundamental, não vai resolver a vala que se cria entre a pobreza e a riqueza, intensificando a distância entres as classes.
Sem contar o quanto isso afeta a demanda de consumo. O ofício
em si, que empregam as tarefas braçais e manuais precisam de um substituto que absorva esse contingente de pessoas, não só pela manutenção de classes, mas também pela manutenção
do estado. Enquanto isso, funções que tenham o trabalho intelectual exercendo o conhecimento teórico e científico, seguem incólume. Até o dia em que essa diferença atingir o colapso.